INTEGRAÇÃO AMAZÔNICA PELA NAVEGAÇÃO FLUVIAL

DO TRATADO DE COOPERAÇÃO AMAZÔNICA À CRISE DA INICIATIVA PARA INTEGRAÇÃO DE INFRAESTRUTURA REGIONAL SUL-AMERICANA

Auteurs-es

  • André de Paiva Toledo Escola Superior Dom Helder Câmara (ESDHC) https://orcid.org/0000-0002-9258-0027
  • Marcos Edmar Ramos Alvares da Silva Pontifícia Universidade Católica de Minas Gearis (PUC-MINAS)

DOI :

https://doi.org/10.36598/dhrd.v3i7.2004

Résumé

Este artigo dedica-se a analisar a importância da navegação fluvial para a integração regional amazônica. Com o desenvolvimento do direito internacional do meio ambiente, a preservação da Amazônia torna-se objeto de interesse da humanidade, em razão de suas riquezas naturais, diversidade cultural e importância ecossistêmica. Como reação ao discurso de internacionalização, os Estados amazônicos subdesenvolvidos adotam o Tratado de Cooperação Amazônica para reafirmar a soberania territorial e estimular a cooperação regional. Entretanto, o Tratado também pode ser identificado como base normativa para a integração regional. Para tanto, destaca-se a navegação fluvial, que, por sua vez, depende de investimentos em infraestrutura. A fim de suprir essa demanda, a Iniciativa para a Integração de Infraestrutura Regional Sul-Americana, vinculada à União das Nações Sul-Americanas, apresenta-se como alternativa multilateral de investimentos nesse setor. Contudo, a modificação do contexto político continental, marcado por um exacerbado conservadorismo, tem inviabilizado essa alternativa de integração regional. Analisa-se historicamente o processo de integração por meio da navegação fluvial, a fim de entender a aparente contradição entre o projeto de cooperação amazônica, lançado como resposta às pressões internacionais pela preservação da Amazônia, e seu abandono, quarenta anos depois, justo quando se reforçam tais pressões.

Biographies de l'auteur-e

  • André de Paiva Toledo, Escola Superior Dom Helder Câmara (ESDHC)

    Doutor em Direito pela Université Panthéon-Assas Paris 2. Mestre e Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor do PPGD da ESDHC.

  • Marcos Edmar Ramos Alvares da Silva, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gearis (PUC-MINAS)

    Doutorando em Direito Internacional pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gearis. Mestre em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela Escola Superior Dom Helder Câmara. Advogado.

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Publié

2021-03-11